O recente discurso do governador Carlos Brandão, durante o anúncio de investimentos e inauguração de equipamentos públicos no município de Bacabal, apenas confirmou o que já era amplamente esperado: embora não tenha dito com todas as letras, ficou evidente que ele permanecerá no cargo até o fim do mandato. A fala reforça o cenário político para 2026 e escancara o objetivo de Brandão em eleger seu sucessor. O nome favorito e já consolidado nos bastidores, é o de Orleans Brandão, não o de Felipe Camarão como ainda especulavam alguns setores. Diante desse novo arranjo, torna-se cada vez mais improvável que o prefeito Eduardo Braide renuncie à prefeitura de São Luís para entrar na disputa pelo governo do estado.

A permanência de Carlos Brandão nos Leões, muda as peças do tabuleiro e coloca em dúvida a possível candidatura do prefeito de São Luís, Eduardo Braide ao governo do estado. Para este blog, Braide dificilmente renunciará ao cargo de prefeito para disputar o Palácio dos Leões, especialmente com Brandão ainda no comando e jogando todas as fichas em Orleans.

Dois nomes definidos: Orleans Brandão e Lahesio Bonfim. Apesar de muitos nomes circularem nos bastidores, o blog aponta que apenas dois estão hoje definidos como pré-candidatos ao governo do Maranhão: Orleans Brandão pelo grupo governista, e Lahesio Bonfim representando a direita.

Lahesio, ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, já teria tomado a decisão de disputar novamente o governo estadual. Porém, ele poderia abrir mão da candidatura para apoiar Eduardo Braide, desde que o prefeito aceitasse formar um palanque de direita “puro-sangue”, sem alianças com os chamados “dinistas” grupo ligado ao ex-governador Flávio Dino. Nesse cenário, Lahesio disputaria o Senado.
Contudo, Braide ainda não sinalizou qualquer disposição para essa aliança, nem mesmo para deixar o cargo de prefeito. Com isso, Lahesio tende a manter sua pré-candidatura ao governo.
E Felipe Camarão? O nome do ex-secretário de Educação, Felipe Camarão (PT), continua presente nas especulações, embora Brandão, ao permanecer no cargo, esteja claramente comprometido com a candidatura de Orleans. Camarão pode ganhar força caso Braide decline da disputa e o grupo ligado ao ministro Flávio Dino o lance como alternativa. Nesse caso, Lula contaria com dois palanques no Maranhão: Orleans Brandão (MDB), pelo grupo governista, e Felipe Camarão (PT), na oposição.
Cenários para Braide: renunciar ou não? A decisão de Braide é complexa. Ele só renunciaria ao cargo de prefeito em um cenário muito específico: se Brandão, permanecendo no governo, decidisse apoiar Felipe Camarão como seu candidato. Isso abriria uma brecha para Braide se lançar ao governo, mesmo sem apoio da direita ou de Lahesio.
Por outro lado, se Brandão renunciar para disputar o Senado e deixar Felipe Camarão no comando do estado, concorrendo à reeleição, Braide dificilmente entraria na disputa. O mesmo vale caso Brandão permaneça no governo e atue abertamente pela eleição de Orleans Brandão. Nesses casos, a renúncia de Braide se torna ainda mais improvável.
A avaliação deste blog é clara: a candidatura de Orleans Brandão não é mais segredo, é uma realidade consolidada. Da mesma forma, Braide dificilmente renunciará ao cargo de prefeito para entrar em uma disputa desigual. A movimentação do governador Brandão é estratégica e busca garantir um palanque forte, mesmo com eventuais divisões na base governista.
Nas próximas edições, este Canal de Notícias das Comunidades – Uma Luta por Inclusão e Justiça Social, Blog A Força das Comunidades, irá aprofundar a análise sobre o papel de Felipe Camarão, a posição do PT no cenário estadual e os bastidores da montagem dos palanques rumo a 2026.